Ano 15, Edição 003.
(Benjamim Franklin)
Leia agora em nosso boletim:
Apenas sete questões podem dizer o quanto você é sábio
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego desenvolveram uma escala abreviada de sete itens que determina com alta precisão o nível de sabedoria de uma pessoa. A sabedoria é um traço de personalidade potencialmente modificável que demonstrou ter uma forte associação com o bem-estar. A mesma equipe já havia desenvolvido uma escala de 28 itens, que eles chamam de SD-WISE-28 (San Diego Wisdom Scale), que tem sido usada em grandes estudos nacionais e internacionais, pesquisas biológicas e ensaios clínicos para avaliar a sabedoria. Mas eles agora descobriram que uma versão reduzida, com apenas sete questões, dá praticamente os mesmos resultados e é confiável. A equipe batizou o teste de SD-WISE-7 ou Índice de Sabedoria de Jeste-Thomas. "As medidas de sabedoria estão cada vez mais sendo usadas para estudar fatores que afetam a saúde mental e o envelhecimento. Queríamos testar se uma lista de apenas sete itens poderia fornecer informações valiosas para testar a sabedoria," disse o professor Dilip Jeste.
Questionário para medir sabedoria - Estudos anteriores mostraram que a sabedoria é composta por sete componentes: Autorreflexão, comportamentos pró-sociais como empatia, compaixão e altruísmo, regulação emocional, aceitação de perspectivas diversas, determinação, aconselhamento social, como dar conselhos racionais e úteis a outros e espiritualidade. Para validar seu novo questionário, a equipe entrevistou 2.093 voluntários, com idades entre 20 e 82 anos, por meio de uma plataforma online. As sete afirmações foram extraídas do teste mais amplo (SD-WISE-28) por estarem relacionadas aos sete componentes da sabedoria, e foram avaliadas em uma escala de 1 a 5, de "discordo totalmente" a "concordo totalmente".
As afirmações do teste de sabedoria:
· Eu permaneço calmo sob pressão.
· Eu evito a autorreflexão.
· Eu gosto de ser exposto a pontos de vista diversos.
· Eu tendo a adiar a tomada de decisões o mais que posso.
· Eu frequentemente não sei o que dizer às pessoas quando elas me pedem conselhos.
· Minha crença espiritual me dá força interior.
· Eu evito situações que sei que minha ajuda será necessária.
Os resultados foram praticamente os mesmos entre o teste de 28 questões e o teste de 7 questões. "Mais curto não significa menos válido," disse Jeste. "Selecionamos o tipo certo de perguntas para obter informações importantes que não apenas contribuem para o avanço da ciência, mas também dão suporte aos nossos dados anteriores de que a sabedoria se correlaciona com saúde e longevidade."
Sabedoria contra a solidão - Outro dado importante que este novo experimento mostrou é que o SD-WISE-7 se correlaciona forte e positivamente com resiliência, felicidade e bem-estar mental, e se correlaciona forte e negativamente com solidão, depressão e ansiedade. "Existem intervenções baseadas em evidências para aumentar os níveis de componentes específicos da sabedoria, o que ajudaria a reduzir a solidão e promover o bem-estar geral," disse Jeste. "Do mesmo modo que a vacina da covid-19 nos protege do novo coronavírus, a sabedoria pode ajudar a nos proteger da solidão. Assim, podemos potencialmente ajudar a acabar com uma pandemia comportamental de solidão, suicídios e abuso de opioides que vem ocorrendo nos últimos 20 anos."
Continuidade nos estudos sobre sabedoria - A equipe pretende continuar suas pesquisas sobre a sabedoria, incluindo a seguir estudos genéticos, biológicos, psicossociais e culturais de um grande número de populações diversas, para avaliar tanto a sabedoria, como vários fatores relacionados à saúde mental, física e cognitiva das pessoas ao longo da vida. "Precisamos de sabedoria para sobreviver e prosperar na vida. Agora, temos uma lista de perguntas que levam alguns minutos para serem respondidas e que podem ser colocadas em prática clínica para tentar ajudar os indivíduos," concluiu Jeste.
(Texto extraído do artigo científico entitulado Abbreviated San Diego Wisdom Scale (SD-WISE-7) and Jeste-Thomas Wisdom Index – JTWI, dos autores Michael L. Thomas, Michael L. Thomas, Barton W. Palmer, Barton W. Palmer, Ellen E. Lee, Jinyuan Liu, Rebecca Daly, Xin M. Tu, e Dilip V. Jeste, publicado na revista International Psychogeriatrics)
Cinco dias por semana no escritório?
“Esse mundo morreu”, escreve Larry Fink, CEO da BlackRock, maior gestora do mundo com 9,5 trilhões de dólares sob gestão, em sua carta anual endereçada a CEOs. Como em anos anteriores, o executivo se direciona a investidores e empresas investidas para falar sobre o capitalismo de stakeholder, a mudança de foco para que negócios gerem valor para todas as partes interessadas. Entre questões sobre sustentabilidade, ele inclui no documento de 2022 o debate sobre o novo mundo do trabalho. Para Fink, três pilares do antigo mundo do trabalho ficaram no passado com a pandemia:
1. Empresas esperarem que trabalhadores vão ao escritório cinco dias por semana
2. Saúde mental ser raramente discutida no trabalho
3. Falta de crescimento dos salários para trabalhadores com baixa e média renda
Empregados e empregadores -“Nenhuma relação foi alterada mais pela pandemia do que aquela entre empregados e empregadores. A taxa de demissões nos Estados Unidos e no Reino Unido teve alta histórica. E nos EUA, nós estamos vendo o maior crescimento de remunerações em décadas. Trabalhadores aproveitando novas oportunidades é uma boa coisa: demonstra que estão confiantes no crescimento econômico”, escreve. Os pedidos de demissão nos EUA atingiram níveis recorde de 4,5 milhões em novembro. O movimento de demissão em massa está sendo chamado de “The great resignation” e sendo acompanhado de perto por especialistas no mundo. No Brasil, a consultoria Robert Half constatou em pesquisa com mais de mil profissionais empregados que 49% desejam trocar de empresa neste ano. Segundo o estudo "The Working Future:Re-humanizing work" da Bain & Company, 30% dos brasileiros desejam continuar no modelo "home office" em pelo menos cinco dias na semana, enquanto que 33% optariam por trabalhar de dois a três dias por semana no escritório. (Portal Exame - Luísa Granato)
Multinacional brasileira de tecnologia CI&T adquire a britânica Somo
A multinacional brasileira de tecnologia CI&T (NYSE: CINT) comprou 100% do capital social da Somo Global, estabelecida no Reino Unido, por 49,2 milhões de libras, equivalentes a 67 milhões de dólares. Até 25% do montante será pago com ações da CI&T, informou Cesar Gon, fundador e diretor-presidente da companhia brasileira. Em 2020, a CI&T registrou receita de 956,52 milhões de reais. A transação inclui uma cláusula de “earn-out” de até 9,8 milhões de libras (13 milhões de dólares) com base em desempenho futuro. Trata-se de uma provisão que garante pagamentos adicionais associados ao desempenho da Somo.
A Somo Global - Em 2021, a Somo registrou receita líquida de aproximadamente 25 milhões de libras (34 milhões de dólares), com crescimento de 41% na comparação com o ano anterior. Gon disse que a CI&T vinha trabalhando há um ano para identificar um negócio interessante para aquisição. O foco era em empresas lideradas por seus fundadores e que combinassem estratégia, design e engenharia, principalmente engenharia de software. A Somo reuniu essas condições e será um motor de crescimento para acelerar a expansão da CI&T na Europa, principalmente na Inglaterra, e nos Estados Unidos. A empresa é uma das principais agências independentes de produtos digitais do Reino Unido, segundo a CI&T, que é especializada em digitalização e atende grandes marcas globais. (Jornal Valor Econômico, com informações do portal Fusões & Aquisições)
Balança comercial do agro apresenta superávit de 105,1 bilhões de dólares
Exportações do setor bateram novo recorde histórico. A balança comercial do agronegócio brasileiro fechou o ano de 2021 com saldo positivo de 105,1 bilhões de dólares, 19,8% acima do verificado em 2020, impulsionada pela alta dos preços internacionais das commodities. O documento contempla um ranking dos principais produtores, consumidores, exportadores e importadores mundiais, destacando a relevância do Brasil no fornecimento de várias commodities, como açúcar, soja, carnes e café. Enquanto a balança comercial total, com produtos de todos os setores, apresentou superávit de 36,6 bilhões de dólares, a balança comercial dos demais setores registrou déficit de 68,5 bilhões de dólares. De acordo com os dados divulgados pelo Ipea, o resultado do setor foi consequência do recorde histórico nas exportações, que atingiram 120,6 bilhões de dólares em 2021, que corresponde à alta de 19,7% na comparação com 2020. Os dados sobre o comércio exterior do agronegócio brasileiro foram apresentados ontem pelo IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Alta nos preços e variações nos volumes - Dos quinze principais produtos da pauta de exportação, que representaram 89,5% em 2021, todos tiveram alta nos preços médios, alguns acima de 20%. Em termos de quantidade, seis produtos apresentaram queda, com destaque para: carne bovina (-8,3%), decorrente das sansões aplicadas pela China às vendas brasileiras, café (-3,6%), desempenho esperado devido à bienalidade negativa, e milho (-40,7%), em razão da queda de safra brasileira. Mesmo o período de sanções impostas pela China à carne bovina brasileira, que durou quase três meses, deteve a tendência de crescimento das exportações a partir de setembro de 2021. Produtos como soja, carnes suína e de frango compensaram essa queda até novembro. No entanto, a retomada dos embarques de carne bovina para a China, em dezembro, contribuiu positivamente para o resultado anual das exportações.
As importações brasileiras do agronegócio - Apresentaram alta de 18,9% frente a 2020, encerrando 2021 com 15,5 bilhões de dólares. Além dos produtos regularmente importados, como trigo, azeite de oliva e pescados, o Brasil também aumentou as importações de soja em grão (5,0%) e milho (133,7%).
Destino maior continua o mesmo - A China segue como o principal destino comercial do agronegócio brasileiro e os embarques somaram US$ 41,02 bilhões em 2021, com alta de 20,6% em relação a 2020. Entre os principais produtos importados do Brasil, houve destaque para soja em grãos (70,2%), carne bovina (39,2%), celulose (43,4%), açúcar (15,6%), carne suína (47,7%), carne de frango (14,3%) e algodão (28,9%). Para a pesquisadora associada do IPEA, Ana Cecília Kreter, coautora da nota com Rafael Pastre, apesar da quantidade de carne bovina exportada para a China estar aumentando a cada ano, na comparação do consumo per capita da proteína por país, a China (6,6 g/dia) permanece distante dos Estados Unidos (38,6g/dia), do Brasil (36,3 g/dia) e da União Europeia (14,7g/dia). “Isso sinaliza que a demanda para 2022 pode permanecer aquecida pelo país asiático. Na medida que a renda média do país avança e mais pessoas são incluídas na economia de mercado na China, vem crescendo o consumo de produtos de maior valor agregado, como as proteínas animais”, avaliou a pesquisadora.
Questão sanitária e eficiência logística - Deverão ser determinantes para a continuidade do bom desempenho das exportações do agronegócio brasileiro em 2022. O diretor da Dimac, José Ronaldo Castro de Souza Júnior, ressalta ainda que “as estimativas da produção para este ano são positivas, mas o resultado irá depender das condições climáticas”. Em 2022, além das boas estimativas para a produção, a agregação de valor aos produtos brasileiros pode ampliar ainda mais as contribuições do agronegócio para a economia brasileira.
Upbeat Consulting
Performance em transições de carreira, de informação e de negócios.
+55 11 5199 2919 | www.upbeatconsulting.net
Vamos com tudo!
Rodrigo N. Ferraz | rodrigo@upbeatconsulting.com.br
Ruben D.F. Ferraz | r.ferraz@upbeatconsulting.com.br
Tags: #serviços #tecnologia #alimentos #varejo #aconselhamentoparaqualquermomentodecarreira #vagasdifíceis #headhuntingvagasdifíceis #outboundhiring #boletimupbeatmdc #upbeatconsulting #energiasalternativas #vamoscomtudo #agronegocios #marketingparamarcasempregadoras
Comments